terça-feira, 21 de dezembro de 2010

A Arte da simplicidade. (Para Chiara Civello)

"Simplesmente aconteceu"... Em uma noite de dezembro.. quase como um presente de natal um pouco antecipado... Um pequeno grande show de uma grande e talentosa cantora Italiana ( Hj um pouco Brasileira)...
Sua generosidade, facilmente percebida em sua entrega nas canções e nas suas parcerias, ultrapassou as fronteiras de sua musica e nos chegou em sorrisos, atenção, cumplicidade... delicadeza..

Esta é Chiara Civello! A italiana mais carioca que o Brasil já viu, fez questão de dispensar a cadeira colocada para sua noite de autógrafos e esperar todos os fãs (e não eram poucos) de pé para abraçá-los... (deu aula de simplicidade e simpatia a muitos artistas)

O publico, em retribuição ao seu português perfeito e seus elogios ao povo Brasileiro, cantou em italiano com ela, fez um impressionante coro na musica “Resta” e saudou Chiara com chuvas de aplausos.
 Assim ela desfilou seu charme na voz delicada e sua delicadeza na voz + que charmosa em sete canções do cd 7752 e dá para dizer com certeza que todos têm bem mais que 7.752 motivos para apreciá-lo e às apresentações da Italiana que ainda acontecerem no Brasil.

Nos “Resta” então, torcer para que ela fique por aqui e escolha o Rio e o Brasil para chamar de: “My somewhere to GO” ... Nos resta esperar que quando ela tiver que nos deixar por um tempo, que diga para si mesma: “I didn’t want” e que seja para nós “Uma dona Che non sa dire addio” J

“Simplesmente aconteceu” do Brasil se apaixonar por você, Chiara Civello!

“A Carioca”

O Rio a te lembrar, o Brasil a te sonhar...
Qualquer país em que você chegue não “chega” para te amar...
O Rio a te sonhar, o Brasil a te lembrar
7752 km ou um oceano inteiro não são bastante pra separar...

Para levar você daqui vão ter que unir em um lugar só,
A torre de Pisa, o Louvre da Monalisa  e nada será melhor,
... você pousando no Tom Jobim com o seu “samba de uma nota só”...

Tragam a Estatua da liberdade e um fim de tarde no Coliseu,
Mas não terás, “nossa carioca”, amor igual ao que o Brasil te deu...

O Rio a te lembrar, o Brasil todo a te sonhar
Nós te emprestamos para o mundo inteiro,
Só nunca se esqueça de voltar...

Resta, todo o amor que aqui ficou
Fica! a primavera não passou.
Achamos nos solos de suas canções.. noites, dias, e portos pra te ancorar.
Encontre então, em nossas melodias, mares do Rio e um motivo para ficar...
(Elisa Monteiro)

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

a mais recente investida na Arte que me arrebata!

Meu choro virou canção

Foi como celebrar o que não se vê
Adorar o que não se tem
Caminhar pela multidão e não enxergar ninguém..

Você se foi e levou mais do que havia
Me tirou bem mais do que trouxe
Arrastou a leveza do dia
E a tranqüilidade da noite

Foi como despertar sem sonhos
Como encarar o frio sem roupas
Como um vendaval sem telhas
E uma tempestade louca..

Você sorriu tão alto que eu pude decifrar as notas
E hoje o meu choro baixo vai virar canção
Nosso amor morreu com o bater da porta
Antes andar só que no seu coração...

Refrão
Pedra. Seu coração é pedra
É o que não se celebra
É tudo o que não se tem..

Hoje eu sei que posso ter a lua,
Todos os amores da rua
Mas seu amor é de ninguém..

Leva aquele seu sorriso breve
Até que outro alguém carregue a sua pouca ilusão
Hoje já não me machuca, nem me molha o rosto
O choro baixo que virou canção.

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

A Arte do ENCONTRO (Uma homenagem...)


Piano e violão

Somos dois, somos cem...
Sem limites se a escala for Eu e Você.
Suas teclas, minhas cordas... nossas mãos postas
no presente e em cada anoitecer...

Distraia o tempo, adie partidas
Temos o hoje... o depois...

Depois que venceres os mais de 7.000km
Depois que encontrar meus abraços...
Após eu correr toda orla, para o sonho
De no seu corpo deitar meu cansaço...

Seu piano, meu violão
 teu sol, minha lua
Tuo italiano,  meu português
E restou a minha boca na sua..

Resta, resta a noite que ficou
FICA! A primavera não passou...

Encontro nos solos de suas canções
Noites, rios e portos pra voltar

Encontre então em minhas melodias, mares do rio
e um motivo pra ficar...





terça-feira, 16 de novembro de 2010

A Arte da SOLIDÃO

Não esqueçamos a solidão...
Ainda que acompanhados, desesperadamente abraçados..
Não esqueçamos a solidão...
Nos fios emaranhados dos cabelos, nas cartas veladas nos tempos dos selos...
Lembremos da solidão..
Não é tortura, loucura, autoflagelação...
Mas parâmetros certos, atentos, despertos para a eterna celebração...

Celebremos então a vida, as bocas unidas, os sonhos comuns e a comunhão
Brindemos com copos, com vinhos, com corpos todo encontro são..

Sejamos felizes, criemos raízes, juntemos amigos, livros, coração...
Mas para lutar essas lutas da vida, para nosso bem e das nossas feridas
LEMBREMOS  DA  SOLIDÃO!

Aos que questionarem os versos acima, facilidade de rima, contradição...
Digo agora tentando não rimar... Ainda lembremos da solidão.. A presença é vida, amores são vitais, amigos, família, colegas de trabalho, pessoas que nos cruzam uma vez para nunca mais são o balsamo da existência humana.. O homem é o ser + sociável, O que nunca termina em si mesmo... Mas ainda assim, precisamos aprender a ser sós, estarmos sós em alguns momentos... Estabelecermos conosco um momento de autoconhecimento. E Principalmente, precisamos olhar para isso sem desespero, com a serenidade que nos permitirá a volta da convivência sadia com o mundo.

"A solidão inspira os poetas, cria os artistas e anima o gênio."
(Henri Lacordaire)

"Quem não souber povoar a sua solidão, também não conseguirá isolar-se entre a gente".
(Charles Baudelaire) -Colaboração de Rafaella Nolasco -

A Arte do TEMPO

Andei pensando... A gente coloca tanta expectativa no TEMPO, não é mesmo?!
O TEMPO cura, O TEMPO voa, O TEMPO é o melhor remédio... Um Santo remédio..
Acho que tudo isso não é de todo mentira, mas também não é nem de longe TUDO VERDADE...
Penso mesmo que se o tempo cura, de forma alguma apaga a cicatriz da ferida
Se o tempo voa ainda assim não tira nossos pés do chão..
E o melhor remédio para mim é o que não sucumbe ao tempo...

Continuei a refletir e comecei a me dar conta...
Após um longo inverno, após dias cinzas e noites frias.. Tudo que queremos, pelo que mais ansiamos é um imediato verão. E aí então vem o tal do TEMPO nos dizer que ainda precisamos esperar uma primavera inteira. (agora alguns me dirão que isso é sábio, pois nosso corpo ganha um tempo para adaptação, mas eu não me convencerei.. hj eu quero mesmo é questionar o poder do tempo, colocá-lo na berlinda)

Então, continuando os devaneios... Me vieram instantaneamente, seguidamente..
O tempo e o AMOR, o tempo e a DOR, o tempo e o PASSADO, tempo e PRESENTE, Tempo.. FUTURO... Então eu percebi que devia parar.. Parar de gastar o tempo tentando questionar seu poder... Um simples questionamento me trouxe assuntos tão importantes, me mostrou o quanto tudo se liga a ele, me fez realmente sentir seu poder e “determinância”... Digamos que se isso fosse um projeto de pesquisa, por exemplo, eu não teria confirmado minhas hipóteses... E a conclusão seria: O TEMPO tem exatamente a importância que lhe é atribuída... O TEMPO cura, voa, revela, aprisiona e liberta... O tempo permeia.. Transpassa.. Atravessa AMORES, DORES, ESTAÇÕES, EU e VOCÊ... O Tempo é realmente O CARA!

“Talvez o TEMPO te ponha na sua escola, pois não terás melhor professor que ele.”
( Abu Shakur )

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

UMA INSPIRAÇÃO... - Arte Mesclada -

Asa de luz (Oswaldo Montenegro)                  Asa de luz e breu (Elisa Monteiro)

Cada luz com sua sombra                        Cada breu com seu clarão
Cada porto com seu mar                         Cada Margem com seu rio
Cada riso com seu medo, ou não             Cada choro com seu véu, ou não
Cada cego com seu olhar                        Cada olhar com o seu cio
Cada mão com sua ausência e ar             Cada passo com sua presença e ser
Cada muro com seu vão                           Cada janela com sua brecha
Cada amor com sua ânsia e dar                Cada dor com sua sombra e poder
Cada dois com a solidão                           Cada um com sua flecha

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Arte FUTURA

Preciso me despir...
Não de roupas, não de rugas, de amores ou dores
As roupas me adornam, as rugas revelam... As dores eu choro e os amores eu velo...

Preciso me despir é do PASSADO
O que tornou certas roupas cafonas e ultrapassadas,
O que transformou amores em nada...

Preciso imediatamente me vestir de PRESENTE
Onde as dores são lembranças e crescimento
Onde todas as rugas são expressões de encantamento...

Só assim saborearei o FUTURO
Só assim verei sentido nas rugas
Só então terei amores maduros
E poderei tirar as roupas da luta...

Só a partida para uma nova chegada
Só novas tintas para uma nova arte
Só o passado para a “pagina virada”
Só o futuro para uma nova verdade...

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

"Licença poetica" para uma viagem em NON AVEVO CAPITO NIENTE. Posso,Chiara?! :)

Não me resta nada

Hoje já não me resta nada, nada...
E não importa onde a alma queira ir
Presa a câmera, do seu olhar, ávida por ti

Com a noite que me atravessa, lenta
E aquela lua que eu não vejo sem querer
Teu corpo nômade, preso a mim ..a me enlouquecer

Diz em que outro olhar  você se desprendeu de mim
Sente o que me faz esse abandono, sente
Que não tem consolo
Que devolva a minha paz
Cada dia morro..

Traz  por um instante a sua presença, imensa
E enquanto eu choro, deixo-te...
Eu me consolo e deixo-te...

Pedindo licança a implagiável Chiara Civello para uma aventura na sua encantadora música "Corta veia" NON AVEVO CAPITO NIENTE.
Apreciem a original no cd 7752, com a voz suave da Chiara e o arranjo irretocável do grande maestro Jaques Morelenbaum 

Artista: Refem de sua Arte e sensibilidade!



“Passa, Tudo passa..
Mas você não é uma Primavera, não é uma noite
Pois,  abro os olhos e te encontro ainda...”

Os artistas indiscutivelmente vivem tudo mais intensamente... não conseguem dosar a entrega, e principalmente o sentir..
Como se nada “passasse”, findasse em suas emoções.. e ele fosse adquirindo novos sentimentos sem conseguir abandonar nenhum outro.
Então é comum ouvirmos que artistas são pessoas de sentimentos conturbados.. Eu diria que ele é apenas um ser “emocionado”. Emocionável por natureza e ao extremo... Tem a extensão de um céu, a profundidade de um oceano e todo esse espaço dentro de si inundado por sentimentos e sensações... Se Reprime, enlouquece... Se extravasa, faz Arte.
Então não! O artista não é um louco de sentimentos conturbados, mas um sensível passível de enlouquecer... O gene da loucura está em sua alma, o que o faz dormir é ARTE!


“Que as palavras que eu falo
Não sejam ouvidas como prece e nem repetidas com fervor
Apenas respeitadas
Como a única coisa que resta a um homem inundado de sentimentos...

Que a arte nos aponte uma resposta
Mesmo que ela não saiba
E que ninguém a tente complicar
Porque é preciso simplicidade pra fazê-la florescer
Porque metade de mim é platéia
E a outra metade é canção.
E que a minha loucura seja perdoada
Porque metade de mim é amor
E a outra metade também.”

Metade – Oswaldo Montenegro

Verso inicia do post – Resta (Ana Carolina e Chiara Civello)

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Meu infinito particular

Distante de tudo, perto de nada...
Eu gostaria de estar comigo agora!
Vendo-me melhor e inteira..
Tendo  comigo um momento de estudo, especulação e descoberta.

Ouvindo meus sons e as músicas que acarinham meus sentidos e alma,
As batidas do coração,
Estalar de dedos em alguma canção..

Cantar Paulinho da viola para meus próprios ouvidos:
“Hoje eu quero apenas, uma pausa de mil compassos,
Para ver as meninas e nada mais nos braços...”

Sentir na “memória da pele” qualquer música do João Bosco,
Mas principalmente sentir a mim mesma.
Anseios, receios..
Descobrir o que fica e o que vai... Já foi...

Distanciar-me para aproximar em seguida,
Esquecer para lembrar, ou seria lembrar para esquecer?!
Perceber, pressentir...

Deixe que EU descubra...
Deixe que ME revele!

“Quem sabe de tudo NÃO fale..
Quem não sabe nada SE CALE..
Se for preciso eu repito...
... Hoje eu queria fazer,
Ao meu jeito, fazer...
Um samba sobre MEU infinito (particular)...”

 Elisa Monteiro

"Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é. Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu próprio, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..
E lembra-te:
Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão.."
(Encerrando ciclos)

 Sonia Hurtado – Frase final Fernando Pessoa.

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

A 7° arte e meus conflitos a respeito dela...


Hj prometi falar um pouco sobre a sétima arte...
Depois de um fds inteiro de filmes, achei que era a hora.
De todas as artes, percebi que o cinema é a vertente onde sou menos seletiva... “A priori” isso me parece ruim e preocupante...Mas é uma constatação genuína, então... Merece ser exposta com verdade. Tentando explicar... Apesar da constatação, sinto-me confortada pelas minhas preferências, por confiar no meu “gosto primeiro”... Recorrendo a minhas paixões cinematográficas para me explicar e redimir... Me arrebatam as cores e fotografias inconfundíveis de Almodóvar somadas à força de suas estórias perturbadoras... Como não sucumbir um pouco diante de filmes como “Má educação”, “Carne tremula”, “Tudo sobre minha mãe”... Como ficar indiferente a “Mulheres a beira de um ataque de nervos” e “Volver”... Como não reconhecer beleza em Penélope Cruz, ainda que cercada de tantas atrizes hollywoodianas “perfeitamente esculpidas”... Acho que o Almodóvar bastava para me redimir...Mas...
Não consigo pensar em cinema sem lembrar de pronto do Impecável Ingmar Bergman, seus “gritos e sussurros”, “Através de Um Espelho”... Não posso esquecer do Italiano Bernardo Bertolucci e sua grande lista de primores cinematograficos encabeçada por” O Último Tango em Paris”, passando por “O ultimo imperador”, sem esquecer do mais recente “Beleza roubada”...
Então... Essas paixões citadas acima me redimem.. E eu já nem lembrava do inicio do post, onde desconfortavel falava da minha menor seletividade em relação ao cinema (se comparada a outras manifestações artisticas) O que quis dizer é que não consigo pegar um livro raso para ler, ou algo que não me envolva e desperte com uma boa escrita e uma estoria de conteudo. Da mesma forma, não consigo submeter meus ouvidos a musicas, letras, melodias que não sejam  completamente “do meu jeito”, mas consigo, por exemplo, assistir a um filme meio fútil, não muito profundo, cheio de “comercialismo hollywoodiano”... E até me divertir com ele... Não sei se isso é de tudo ruim, visto que já me surpreendi positivamente com alguns deles (e negativamente tbm., é claro).
Espero, entre questionamentos pessoais e explicações sem muito sentido, ter ao menos conseguido dar algumas dicas legais para quem quer se “jogar” nessa arte hj..
Mergulhem no Ingmar bergman, Almodóvar... e sobrando um tempinho, escolham algum filme despretenciosamente, pela capa.. rs.. Da forma “menos indicada” pelos especialistas.. Como não sou uma, posso dar o “mau conselho”! Rs..
Ah.. não poderia terminar sem dizer o que ja deve ter ficado claro, mas... Os “alternativos sempre” eles quase sempre valem a pena!

O  meu proximo “desejo” na setima arte é “Sedução” Com Direção de Jordan Scott (filha de Ridley Scott) que também assina o roteiro e Eva Green no papel principal. Filme Inglês de 2009.

Deixo prometido aqui tbm uma lista de filmes preferidos... Prepararei em breve!


Trailer no link abxo



Até...

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

Mosaico de artes... Pequenos fragmentos de Arte inteira e Artistas imensos

                                    
                                                                                              Arte de Lewis Lavoie

                                                     

Monet-FernandoPessoa-VozDaSade-Boaaa-Ravel-DianaKrall-Bolero+Jazz-Uallll-
JoãoBosco-Picasso-MemoriaDaPeleDeUmQuadro-QueArrazooo-Puccini-Lispector-Quintana-Neruda-RitaLeeBacana-MaríliaAPera-CeciliaAdoceMeireles-FernandaMontenegro-JackNicolson-GarciaMarques+100AnosDeSolidão-dostoievski+suaPresençaPerturbadora-Maquiavell+seuPríncipe-Helen Mirren+SuaRainha-IngmarBergmanESeusGritoseSussurros-MichelangeloEseuSilencio-AlmodóvarEsuaFotografia-BaryshnikovEsuaCoreografia-BethaniaEsuaEmoção-GalCostaEsuaMelodia-JobimEsuaIpanema-LuciaVerissimoeSeuMistério-Cazuza+SeuPoema-ChiaraCivelloTodoUmEmisfério...

Faltou um "sem numero" de artes e artistas... Perdoem... A memória, a pouca habilidade de digitação e a correria para uma aula que me aguarda ñ permitiram mais... Prometo voltar c o mosaico!


Até...

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Tentativas de esboço da arte que me arrebata...

Rabiscando letras de músicas...

Ancorar (Elisa Monteiro)

Estampar na tua pele meu desejo
Tatuar na tua alma a minha porta
Pra chegar no fim do dia com meus  beijos...
E entrar sem bater, voltar pra você...

Eu aporto nos seus sonhos, meus apelos
Pra que ancores tua vida junto a mim
Sem correntes, sem papéis, sem desespero
Sou um porto, que te espera até o fim

Navegue,
Revolte,
Sossegue...

Escolhi estar aqui e te esperar
Mesmo aquela tatuagem enrugando
E quando o fogo do desejo abrandar

Mesmo o sonho que estampei já desbotando
Sou teu porto quando queiras ancorar..

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Seu inverno (Elisa Monteiro)

Primavera em flor
Inverno em lágrimas
No verão mais frio de todos os tempos, começastes a me abandonar...
1 outono depois e os sonhos caindo como folhas correndo,
Confessaste  não mais me amar...

Estações não mais existem
Só o que me divide, seu OI e seu ADEUS
Um foi todo o verão
Todo o calor
Tudo que incide
Outro, eterno inverno
Todo o frio
Todo o breu

Meus olhos acostumados sem luz
Hoje você ousa vir ofuscar
Pedindo um minuto, um dia, uma estação
Das que eu não mais tenho pra dar.

Mas sou seu inverno
Só este, se quiseres
E então um conselho vou te dizer..
Guarde meu frio em sua memória
E busque outros verões para te aquecer...

(Esta está nas mãos e a espera da incrivel voz da cantora Isabella Taviani! Tô cruzando os dedos!)

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Continua....

Minha freqüência atual - A arte de 7752



Indo para a análise , ouvindo 7752... Não, essa não é uma freqüência de radio. Mas é a freqüência em que me encontro agora.
7752 é o titulo do ultimo álbum da cantora italiana Chiara Civello( quem não conhece, deveria).
Na freqüência desta onda artística que é a boa musica e que me arrebata, vem me corroer agora a vontade de escrever aqui.. Vontade de desfilar nesta pagina todas as melodias e poesias que deslizam agora p dentro da minha alma, veias, poros.. Sabem aquele clichê: Dividir para multiplicar?! Bem assim! Alias acho que ele cabe perfeito nas artes..
Vontade imensa de derramar aqui, desordenadamente, ‘One more Thing”, com sua sutileza e a delicadeza com que a Chiara a interpreta; “Sofá”, com a alegria contagiante que faz a gente começar a bater o pé e estalar os dedos até chegarmos a dançar; A doçura de “Simplesmente aconteceu” (Parceria de Chiara e Dudu Falcão); “Non avevo capito niente” e seu arranjo e Aura “corta veia” (Como a Chiara costuma dizer); não podendo esquecer de ‘Resta” e sua atmosfera de cumplicidade entre suas autoras e interpretes (A Italiana e a parceira Ana Carolina).. Enfim... Sede de derramar todo o 7752 em vcs e as incontáveis sensações boas que ele traz consigo!
Engraçado que ao ouvi-lo pela primeira vez, tiver a impressão de um cd confuso. Bom porem confuso... Me perguntava: Mas este é um cd com que identidade?? Que língua? Italiano, Inglês, Português... Mas ora, que falta de sensibilidade momentânea a minha! Música.. Arte... Beleza, não têm língua, cor, credo... É tudo  linguagem que fala ao coração, a alma, a pele...

Assim é 7752, uma freqüência que “prende, inebria, entontece”
Como a “fascinação” que a Saudosa Elis cantava em português, mas que ñ precisa ter idioma definido para ser sentida e amada!


"A finalidade da arte é dar corpo à essência secreta das coisas, não é copiar sua aparência." (Aristóteles)



"A grandeza de uma obra de arte está fundamentalmente no seu caráter ambíguo, que deixa ao espectador decidir sobre o seu significado."
(Theodor Adorno)


terça-feira, 19 de outubro de 2010

ARTE pela LIBERDADE!



  " Pendurada numa ilusão de liberdade, minha imaginação voa no vento enquanto eu dou grandes braçadas num mar de coisas por entender." Lya Luft

USUFRUTO Arte para: “Lavar cabeças, renovar idéias, rever conceitos, desprender-se das amarras”



Continuando com a arte, seguindo pelo “deserto dos sentimentos áridos”, na busca do próximo “Oasis” ou uma “miragem” que oferecesse um instante de conforto... Cheguei até “ele” em uma sexta-feira de outubro, e me deleitei... Era muita água para tanto tempo de seca...
Falarei neste post da onda USUFRUTO.

É comum ouvirmos dizer que todos buscamos CONFORTO nas mais diversas manifestações artísticas, o que de fato acontece. Porem, algumas vezes, precisamos daquela arte que conturba sentimentos, mistura idéias e palavras, chega revolucionando, abalando estruturas... Uma arte assim meio “Tsunami”.. que destrua sim algumas “paredes de comportamentos engessados” e que arraste para longe algumas “poeiras antigas”, algum “ranço muito social” e nada emocional que impede o movimento necessário das engrenagens cerebrais e pq não corporais... É uma destruição oportuna e benéfica, seria mais adequado falar em desconstrução.. Para que se construa algo melhor em nós, bem mais verdadeiro...

Assim me chegou Usufruto... Com seu texto Impactante, inquietante e impecável!! IMPLACAVEL para os já condicionados a “repetição mecânica” de “valores” já caóticos...
Com sua Autora/Atriz  de elogios impublicáveis, mas de idéias que deveriam ser explanadas e reproduzidas para o MUNDO, para um mundo de ConservadoresHipocritasBitolados... E eu não estou falando de seu avô, do seu pastor, político, padre ou rabino.. Estou falando um pouco de todos nós!
Com seu cenário simples, para que nada tire a atenção do que realmente tem que receber o foco ali...
Todos deveríamos sentar na cadeira de um teatro (ou em um banco de praça se seus atores se propuserem a isso) e entregarmos nossas “cabeças” a lavagem mais deliciosa, refrescante e revigorante que poderíamos receber (caso nos entreguemos sem pudor)...

São tantas as idéias que me brotam agora de cabeça parcialmente limpa (não se iludam que tudo se vai à primeira lavada, eu me submeti a duas e sinto ainda precisar de algumas outras) que tenho extrema dificuldade de organizá-las e condensá-las aqui...
Aproveito para esse momento me desculpar com a protagonista de tudo o que é Usufruto, a incrível Lucia Veríssimo, visto que ela conseguiu traduzir, esmiuçar e conduzir da melhor forma tantas idéias irretocáveis até nós, espectadores da peça, e eu não consigo uma meia dúzia de palavras precisas para transcrever aqui para vcs...

Nesta confusão de palavras emaranhadas, mas idéias em crescente evolução, tentei falar um pouco de uma das manifestações artísticas que me despertaram essa sede que ando sentindo... Acredito ser normal esse processo confuso e revelador pelo qual estou passando depois de USUFRUTO, e espero que todos que lerem este post possam vir a se sentir assim... Tomados pela sede que liberta, desperta, revela e engrandece alma, corpo e coração... A sede de cultura, arte, conhecimento, abandono de preconceitos e ignorância.

Adquiri há 2 semanas não 1 “imóvel”, já que tudo sempre pode mudar, mas uma “ponte” que serve de passagem para uma vida bem melhor... E se ela puder ser deixada de herança ( e eu espero que possa), Deixo aqui registrado que a doarei a Maria Clara, minha amada afilhada ( que eu espero ser a mais feliz das criaturas) Com USUFRUTO meu (que depois de muitas barreiras, acho q já mereço um Pco de felicidade despreocupada)

"A arte é feita para perturbar; a ciência tranqüilizar." (Georges Braque)

Obrigada a Lucia Veríssimo, Andre Fukco, José Possi Neto, Karina Perna (Equipe de Usufruto) E aGi e Teteu, companheiros nesta viagem...
Obrigada a todos vcs por este Post, por serem parte da minha sede (e do Oasis que a sacia) e muito mais...




Arte e saudade...



Já dizia Nietzsche que: "Temos a arte para não morrer da verdade."
Concordo plenamente! Em um mundo cheio de tudo que é contrario a beleza, delicadeza e consistencia, muito poucos são os "oasis" para o coração e a alma.

Tenho andado pensando na arte, em tudo que me comove... Tenho procurado uma overdose dessa "agua limpida de oasis escassos"... E graças a Deus ela tem me chegado em ondas... Peças extraordinarias, livros incriveis revisitados, músicas que sempre são meu refugio... Ontem então ela me chegou Virtualmente( uma fonte que confesso por vezes resisto em beber e bebo menos do que deveria)...
Bom, vamos colocar a saudade nessa conversa e justificar o titulo do post.. Ontem, sentindo saudade de uma artista que fala bem alto ao meu coração, a cantora italiana Chiara civello, eu após um post dela no Twitter, fui visitar seu Blog. O mesmo me sugou por longas horas... Me inebriou, envolveu e matou a sede da alma.. Então estamos aqui agora.. Eu, alguma arte, a saudade... Ela, a causadora disso tudo, lá em Roma.. Nos privando de seus shows, mas não de sua arte. Essa encontramos no seu disco, suas composições precisas e sutis.. e ontem descobri que tbm no seu blog.

Que a saudade não sufoque, de folego novo.. Que ñ sucumba ao tempo, mas o vença..E que como seu sinonimo se leia REENCONTRO e ñ ADEUS.

Obrigada Chiara pela inspiração!

Em breve ,no segundo post , falarei sobre as outras ondas que me chegaram nesses ultimos dias...
Até breve!